sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Espumante ou champagne?

Os espumantes são uma peça fundamental para o ano novo. No entanto, apesar do seu imenso sucesso, frequentemente ouço pessoas a confundirem espumante com champagne. Na verdade estamos a falar de conceitos diferentes mal-compreendidos pelo público em geral. Todos os champagnes são espumantes mas nem todos os espumantes são champagnes.

Espumantes são vinhos que sofrem duas fermentações. A primeira é a fermentação alcoólica, comum em todos os vinhos em que o açúcar da uva se transforma em álcool. A segunda fermentação trata-se da fase em que o vinho ganha efervescência tonando-se assim num espumante. Existem vários métodos para a esta segunda fermentação, mas em geral pode ser realizada em cubas de inox ou em garrafa.


Champagne é um vinho espumante geralmente rosé ou branco, produzido na região de Champagne na França, feito através das uvas tintas Pinot Noir, Pinot Meunier ou da uva branca Chardonnay. A segunda fermentação é feita em garrafa sendo conhecido em Portugal como o método champanhês. Existem, assim, procedimentos rigorosos e uma região delimitada para a produção destes vinhos. Todos os espumantes produzidos fora desta região ou produzidos por métodos distintos não poderão ter esta classificação!

Portanto, o espumante só será champagne se tiver certificação para tal (verificar rótulo). Existem outros tipos de espumante como o espanhol Cava e o italiano Prosecco. Em Portugal, podemos encontrar bons espumantes das regiões da Bairrada, Tavora-Varosa e até os espumantes alvarinho da região dos vinhos verdes.

Vamos partilhar a informação para esclarecer a dúvida de vez!


Um brinde!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Tendências do vinho para 2018!

O ano 2018 está a bater à porta. Surgem as expectativas, os desejos e os planos. No mundo dos vinhos também já se especula sobre o que o novo ano nos irá trazer. Para os nossos queridos enófilos, elaboramos uma lista das previsões mais consensuais no mundo vinícola para 2018.

O que podemos esperar?

- O Rosé chegou para ganhar. Não é uma novidade, o vinho rosado tem crescido exponencialmente nos últimos anos e irá crescer graças à sua qualidade cada vez mais notória. Irão surgir, provavelmente, mais rosés premium.

- Os vinhos de sobremesa em evidência. Outrora, menos valorizados por serem doces, cada vez encontramos mais vinhos de sobremesa em destaque nos concursos internacionais e o seu ranking nunca foi tão elevado.

- Espumantes sem açúcar. Foi evidenciado um aumento significativo do consumo de espumantes “Brut Nature”. A tendência é crescente.

- Prosecco, Cava e “Crémant” a ganhar terreno. O prosecco continua a dominar o mercado dos espumantes fora da França.  O “Champagne” perde mercado para espumantes de outros países graças à vontade dos consumidores de experimentar novos estilos.

- O vinho português na mira. Com cada vez mais prémios internacionais e com castas únicas e distintas, os vinhos portugueses estão a crescer no mercado internacional. As vinícolas têm apostado no marketing e na qualidade dos vinhos mundialmente reconhecida.

- Austrália a crescer. Com um aumento global do consumo de 11% em 2016, a tendência continua. O chardonnay, Pinot Noir e os vinhos da Tasmânia estão ao rubro.

- Sauvignon Blanc voltou. No meio da loucura do Chardonnay, Sauvignon Blanc está conquistar prémios graças à sua acidez e aos seus aromas tropicais. A continuar a tendência, esperam-se grandes vinhos desta casta em 2018.

- Tannat uruguaio a conquistar o consumidor. A crescer nos rankings dos consumidores, o Tannat cria vinhos tintos concentrados e ricos, rosés, espumantes que não deixam ninguém indiferente. Apesar de francesa a casta, é no Uruguai que ganha visibilidade. 

Estas são algumas das tendências previstas. No entanto, mal podemos esperar para ver o que 2018 nos irá trazer.


Partilhe connosco as suas previsões. Um brinde!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Que vinho escolher para acompanhar o polvo?

O Natal está quase a chegar e no meio de tantos preparativos, não pode faltar o vinho na mesa. Embora o bacalhau seja o rei do natal, o polvo ocupa também um espaço na mesa dos portugueses principalmente nas regiões do norte do país.
 O polvo pode ser cozinhado de diversas formas, no entanto no natal, na maioria das consoadas, é servido cozido com molho verde.

A questão que se coloca é que vinho devo escolher para acompanhar um prato de polvo?

Uma vez que o seu sabor é ligeiramente neutro, este alimento pode ser acompanhado por tintos ou brancos dependendo das preferências pessoais (semelhante ao bacalhau). Na minha pesquisa por opiniões de especialistas, encontrei diversas concepções e todas contraditórias. Concluí que a forma como é cozinhado é que vai determinar a melhor harmonia.

Vejamos algumas sugestões:

  • Se servirmos polvo cozinhado em vinho tinto não vamos acompanhar com vinho branco.
  • No caso do Polvo à lagareiro é recomendável um vinho tinto leve e redondo.
  • Se acompanharmos o polvo com um molho ácido como o molho verde, devemos optar por vinhos brancos mais ácidos como os vinhos verdes.
  • A maioria dos pratos de polvo não têm sabores muito intensos pelo que não é recomendável a harmonização com tintos encorpados e intensos.


Deixem-nos as vossas sugestões para uma harmonização perfeita!


A todos um feliz natal!