quarta-feira, 13 de junho de 2018

10 dicas para não falhar a harmonização!


Um dos temas mais controversos no mundo dos enófilos é a famosa harmonização. Enquanto uns acham que podem beber qualquer vinho com qualquer comida, outros escolhem o vinho criteriozamente.  Se encontrarmos o ponto de equilíbrio, veremos que não precisamos de um vinho específico para cada receita mas é importante encontrar um bom balanço entre o que comemos e bebemos. Uma boa harmonização poderá realçar o prato e favorecer o vinho. Quantas vezes já bebemos o mesmo vinho com pratos diferentes e desfrutámos de experiências distintas?

Nesse sentido, vamos enumerar as 10 regras básicas e gerais para criarmos a harmonização perfeita para qualquer prato:
  1. Para acompanhar pratos doces, o vinho escolhido deve ser mais doce. De outra forma o vinho irá parecer vazio e sem vida.
  2. Vinho ácido e doce para comidas salgadas. (Ex: Espumantes).
  3. Comidas com fruta devem ser harmonizadas com vinhos frutados.
  4. O vinho deve ter a mesma intensidade aromática que a comida. Comida leve com vinho leve e comida intensa com vinho intenso.
  5. Vinho tinto harmoniza melhor com carnes com sabores intensos. (Ex: Carne Vermelha)
  6. Vinho branco harmoniza melhor com carnes com sabores leves (Ex: Frango)
  7. Vinhos secos, tânicos e complexos são os melhores amigos dos pratos gordurosos.
  8. É melhor combinar o vinho com o molho ou com o tempero do que com a carne.
  9. Sabores picantes são intensificados com a percentagem de álcool. Para atenuar o picante, os vinhos doces são melhores.
  10. Vinhos com madeira dominam o palato e ocultam sabores. Devem ser harmonizados com comidas intensas.  
 A melhor forma de ter sucesso é sem dúvida analisar primeiramente os sabores que vamos encontrar no prato. Depois desse passo, começa a aventura de criar harmonizações fantásticas que irão nos trazer momentos inesquecíveis.

Se tens mais dicas, então partilha connosco!

Saúde!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Melhores tintos alentejanos até 10€!

Quantas vezes queremos comprar um vinho para beber ou oferecer e não sabemos qual? Nas lojas e nas garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

A pedido dos fãs do Alentejo, hoje fomos descobrir os melhores tintos alentejanos até 10€ segundo os seguidores do Vivino:




Da panóplia de vinhos apenas encontramos um monocasta, o Herdade do Rocim Touriga Nacional enquanto que os restantes representam  blends alentejanos.

Todos os vinhos rondam os 10€ e encontram-se com a mesma cotação no Vivino. Partilhem connosco as vossas opiniões sobre estes néctares.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Portugal torna-se o principal mercado do vinho do Porto pela primeira vez!

Portugal é pela primeira vez o principal mercado do vinho do Porto desde 1678 (primeira exportação registada). É certo que desde 2011, temos evidenciado um crescimento, mas em 2017 o volume de negócios em Portugal ultrapassa pela primeira vez o da França. Torna-se assim evidente que os portugueses estão a comprar mais vinho do Porto e isso também é empiricamente visto com o crescimento do interesse da geração mais nova.

O crescimento é também influenciado pelo crescimento exponencial do turismo na região demarcada do Douro e no Porto. Mais turistas a visitar resulta em mais provas e numa maior aquisição de garrafas. No ano passado as caves de vinho do Porto registaram 1,4 milhões de turistas (AEVP) e em média cada visitante gastou entre 10€ a 20€ por visita.





FONTE: Público
Para além do interesse crescente do consumidor português, é também registada um aumento da procura por vinhos do Porto mais caros e de elevada qualidade. O preço médio por litro vendido disparou. Enquanto que anteriormente o português procurava vinhos de gama de entrada, hoje é um consumidor interessado em Vintages, LBV’s, Reservas ou Colheitas especiais. As categorias Reserva, Idades e LBV ocupam o pódio, tendo o vintage perdido terreno no mercado.

A par do crescimento do consumo foi também evidenciado que o vinho do Porto tem tido uma queda na produção mas um aumento generalizado dos preços. O vinho do Porto está na moda em Portugal e espero que futuramente se valorize ainda mais este vinho fortificado tão importante para o país. 

Um brinde ao vinho do Porto!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Bon Jovi lança novo vinho rosé!

De vez em quando, surge uma notícia sobre uma celebridade que decidiu produzir vinhos. Atualmente, um famoso que se preze tem projetos paralelos e a produção de uma marca de vinho é cada vez mais comum. Ser um enófilo e produtor de vinho é sempre uma característica admirável. Se o fazem por amor ao vinho ou apenas como uma oportunidade de negócio, é difícil desvendar. A aposta em bons rótulos com os seus nomes é uma porta aberta para a entrada no mercado. 

Agora, foi a vez do vocalista dos Bon Jovi. Assumido fã de vinho rosé, lançou recentemente a sua própria marca de vinho em parceria com o seu filho Jesse. Esta aventura conta com a colaboração do reconhecido enólogo francês Gerard Bertrand e decidiram batizar o vinho de “Diving into Hampton Water”.  Segundo o músico, a inspiração surgiu numa viagem com o seu filho nos Hamptons,onde era habitual chamarem ao vinho rosé “Hampton water”. Após conhecer Gerard, Bon Jovi, decidiu que o enólogo e a costa da Provença (a capital do vinho rosé) seriam as decisões certas.

O vinho estará disponível para venda dia 23 de Fevereiro por 25$ e promete ser o sucesso deste verão. Esta notícia surpreende muitos fãs que não estavam à espera da combinação de rock com rosé francês!


Se o vinho será bom ou não, não sabemos. Mas certamente este vinho será adquirido por muitos fãs da banda e até por pessoas que não apreciam vinho. Uma estratégia de marketing fantástica. 

Qual será a próxima celebridade?

Malvasia fina - a elegância dos lotes!

Por 7000 ha de Portugal, encontramos a Malvasia fina, uma das castas brancas mais famosas da região do Douro. Também presente no Dão, Távora-Varosa, Beiras e Lisboa, nas regiões mais frias é bastante utilizada para a produção de espumantes. Apesar da sua representação em várias regiões do país é no Douro e Dão que ela mais brilha em blends. A Malvasia fina também se orgulha de pertencer ao clã do Vinho do Porto.


Como são os vinhos?

Tradicionalmente discretos, com pouca intensidade aromática, são bastante delicados, frescos com uma acidez moderada. Com notas aromáticas a mel, cera, noz moscada e a fumo mesmo sem influência da madeira. Em vinhos monovarietais, apresentam um bom equilíbrio entre a acidez e o álcool, sempre elegantes e perfumados. De cor geralmente citrina, evolui até amarelo palha após o envelhecimento. Frequentemente são vinhos que devem ser bebidos jovens dado que o potencial de envelhecimento da Malvasia fina é moderado, mas quando bem conseguido, gera vinhos muito equilibrados com uma elegância única.

Em lote, no Dão é geralmente unida com o Encruzado ou o Cerceal-branco, o que proporciona os famosos brancos frescos e elegantes do Dão. No Douro encontramos a Malvasia fina casada com Viosinho, Rabigado e Gouveio, em vinhos brancos com perfil aromático. Por fim, mas não menos importante, esta casta está presente nos famosos Vinhos do Porto brancos que têm crescido significativamente.


A sua evolução no território nacional tem sido pouco significativa, sendo atualmente uma casta de blends. Apesar da sua presença, por vezes discreta, a Malvasia tem contribuído para o reconhecimento dos brancos do Douro e do Dão.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Itália quer o vinho Amarone reconhecido como património mundial!

Da região de Vêneto, o vinho Amarone, completa 50 anos de história e é uma peça fundamental na tradição enóloga italiana. Estamos perante a região italiana que mais produz vinhos localizada no nordeste do país e tendo como capital a bela Verona. Com uma forma de produção específica, o Amarone é feito a partir de uvas maduras transformadas em uvas passas. Em 1990, viu reconhecida a sua Denominação de origem controlada e agora a Itália pretende que o mundo reconheça esta sua pérola como património mundial.

Como é o processo?

As uvas são cuidadosamente colhidas maduras nas primeiras semanas de Outubro. Posteriormente, passam pelo processo de appasimento ou rasinate, ou seja, são secadas ao sol. Desta forma, os açúcares e os aromas são concentrados gerando um carácter licoroso. Atualmente o processo de secagem  é mais moderno e em condições controladas. O período de secagem é de geralmente 120 dias mas pode variar por colheita e por produtor. Em Fevereiro, inicia-se a prensagem e a fermentação a baixa temperatura por mais 30 a 50 dias. Depois da fermentação, o vinho é envelhecido em barricas de carvalho durante pelo menos 25 meses.

Como é o vinho?
Região Vinícola de Veneto

Bastante alcoólico, encorpado, intenso e aromático, encontramos notas florais, frutas secas e aromas desenvolvidos com o envelhecimento como a canela, o couro, tabaco e noz moscada. Apesar de seco, sentimos uma sensação de doçura na boca. Dada a sua estrutura, deve ser acompanhado com pratos ricos e intensos.


O Amarone pode ser bebido jovem como pode repousar por 20 anos. Surge em destaque atualmente devido ao crescimento dos vinhos alcoólicos e encorpados no mercado. É um vinho dispendioso porque as uvas no processo de secagem perdem peso, e hoje podemos encontrar garrafas por 60€.  Se de facto o Amarone conseguir chegar a património mundial, os valores certamente irão disparar. 

Se já provou, partilhe connosco a sua experiência!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Melhores brancos durienses até 10€!

Quantas vezes queremos comprar um vinho para beber ou oferecer e não sabemos qual? Nas lojas e nas garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

A pedido dos fãs do Douro, hoje fomos analisar os melhores brancos durienses até 10€:






Podemos destacar nesta panóplia de vinhos o facto da sua maioria serem vinhos monovarietais o que mostra a importância deste tipo de vinho no mercado. Este padrão também está presente nas restantes regiões vinícolas portuguesas. 

Já degustou algum? Partilhe connosco as notas de prova!