sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Itália quer o vinho Amarone reconhecido como património mundial!

Da região de Vêneto, o vinho Amarone, completa 50 anos de história e é uma peça fundamental na tradição enóloga italiana. Estamos perante a região italiana que mais produz vinhos localizada no nordeste do país e tendo como capital a bela Verona. Com uma forma de produção específica, o Amarone é feito a partir de uvas maduras transformadas em uvas passas. Em 1990, viu reconhecida a sua Denominação de origem controlada e agora a Itália pretende que o mundo reconheça esta sua pérola como património mundial.

Como é o processo?

As uvas são cuidadosamente colhidas maduras nas primeiras semanas de Outubro. Posteriormente, passam pelo processo de appasimento ou rasinate, ou seja, são secadas ao sol. Desta forma, os açúcares e os aromas são concentrados gerando um carácter licoroso. Atualmente o processo de secagem  é mais moderno e em condições controladas. O período de secagem é de geralmente 120 dias mas pode variar por colheita e por produtor. Em Fevereiro, inicia-se a prensagem e a fermentação a baixa temperatura por mais 30 a 50 dias. Depois da fermentação, o vinho é envelhecido em barricas de carvalho durante pelo menos 25 meses.

Como é o vinho?
Região Vinícola de Veneto

Bastante alcoólico, encorpado, intenso e aromático, encontramos notas florais, frutas secas e aromas desenvolvidos com o envelhecimento como a canela, o couro, tabaco e noz moscada. Apesar de seco, sentimos uma sensação de doçura na boca. Dada a sua estrutura, deve ser acompanhado com pratos ricos e intensos.


O Amarone pode ser bebido jovem como pode repousar por 20 anos. Surge em destaque atualmente devido ao crescimento dos vinhos alcoólicos e encorpados no mercado. É um vinho dispendioso porque as uvas no processo de secagem perdem peso, e hoje podemos encontrar garrafas por 60€.  Se de facto o Amarone conseguir chegar a património mundial, os valores certamente irão disparar. 

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