Por 7000 ha de Portugal, encontramos
a Malvasia fina, uma das castas brancas mais famosas da região do Douro. Também
presente no Dão, Távora-Varosa, Beiras e Lisboa, nas regiões mais frias é
bastante utilizada para a produção de espumantes. Apesar da sua representação
em várias regiões do país é no Douro e Dão que ela mais brilha em blends. A Malvasia fina também se
orgulha de pertencer ao clã do Vinho do Porto.
Como são os vinhos?
Tradicionalmente discretos,
com pouca intensidade aromática, são bastante delicados, frescos com uma acidez
moderada. Com notas aromáticas a mel, cera, noz moscada e a fumo mesmo sem influência
da madeira. Em vinhos monovarietais, apresentam um bom equilíbrio entre a
acidez e o álcool, sempre elegantes e perfumados. De cor geralmente citrina,
evolui até amarelo palha após o envelhecimento. Frequentemente são vinhos que devem
ser bebidos jovens dado que o potencial de envelhecimento da Malvasia fina é
moderado, mas quando bem conseguido, gera vinhos muito equilibrados com uma
elegância única.
Em lote, no Dão é geralmente
unida com o Encruzado ou o Cerceal-branco, o que proporciona os famosos brancos frescos
e elegantes do Dão. No Douro encontramos a Malvasia fina casada com Viosinho,
Rabigado e Gouveio, em vinhos brancos com perfil aromático. Por fim, mas não
menos importante, esta casta está presente nos famosos Vinhos do Porto brancos
que têm crescido significativamente.
A sua evolução no território
nacional tem sido pouco significativa, sendo atualmente uma casta de blends. Apesar da sua presença, por
vezes discreta, a Malvasia tem contribuído para o reconhecimento dos brancos do
Douro e do Dão.
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