Ouvimos muitas
vezes no vocabulário enófilo, a expressão “este vinho é persistente” mas será
que entendemos realmente o seu significado? Na famosa análise sensorial, a
avaliação da persistencia destaca-se como a última fase da avaliação. Também
conhecida como “fim de boca”, é a última cartada do vinho que pode mudar a
nossa opinião sobre o mesmo.
Afinal o que é
a persistência?
Estamos a
falar nada mais, nada menos que a duração dos aromas e sabores de um vinho na
boca após a sua ingestão. Geralmente classificada por segundos, assume-se que a
pesistência é intensa quando sentimos os aromas por mais de 10 segundos. Se os
aromas desaparecerem antes de 4 segundos, assume-se que o vinho tem uma fraca
persistência. Na maioria dos casos, os vinhos encorpados tendem a ter uma
persistencia mais longa que os vinhos de corpo leve.
A persistência
é sempre boa?
Nem sempre! Depende
essencialmente do tipo de sabores que ficam. Há vinhos que a persistencia é
doce (sentida na ponta da língua acompanhada de uma sensação de maciez como por
exemplo nos vinhos licorosos), ácida (comum em alguns vinhos brancos que
estimulam a produção de saliva) e amarga (em alguns vinhos tintos com taninos
ainda fortes que tornam a experiência pouco agradável).
A persistência
pode assim muitas vezes ser adstrigente ou amarga como pode ser uma experiência
fantástica. Saborear um vinho vai muito além do momento em que o bebemos, aquilo
que ele nos deixa também faz parte. Assim, um vinho será bom se a persistência for intensa e prazerosa. Para avaliar este ponto, antes de digerir o vinho, sugerimos
que saboreie um pouco na boca.
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