quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Vinho persistente? É bom ou mau?

Ouvimos muitas vezes no vocabulário enófilo, a expressão “este vinho é persistente” mas será que entendemos realmente o seu significado? Na famosa análise sensorial, a avaliação da persistencia destaca-se como a última fase da avaliação. Também conhecida como “fim de boca”, é a última cartada do vinho que pode mudar a nossa opinião sobre o mesmo.   
Afinal o que é a persistência?
Estamos a falar nada mais, nada menos que a duração dos aromas e sabores de um vinho na boca após a sua ingestão. Geralmente classificada por segundos, assume-se que a pesistência é intensa quando sentimos os aromas por mais de 10 segundos. Se os aromas desaparecerem antes de 4 segundos, assume-se que o vinho tem uma fraca persistência. Na maioria dos casos, os vinhos encorpados tendem a ter uma persistencia mais longa que os vinhos de corpo leve.
A persistência é sempre boa?
Nem sempre! Depende essencialmente do tipo de sabores que ficam. Há vinhos que a persistencia é doce (sentida na ponta da língua acompanhada de uma sensação de maciez como por exemplo nos vinhos licorosos), ácida (comum em alguns vinhos brancos que estimulam a produção de saliva) e amarga (em alguns vinhos tintos com taninos ainda fortes que tornam a experiência pouco agradável).

A persistência pode assim muitas vezes ser adstrigente ou amarga como pode ser uma experiência fantástica. Saborear um vinho vai muito além do momento em que o bebemos, aquilo que ele nos deixa também faz parte. Assim, um vinho será bom se a persistência for intensa e prazerosa. Para avaliar este ponto, antes de digerir o vinho, sugerimos que saboreie um pouco na boca. 

Partilhem connosco as vossas experiências!

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