quinta-feira, 16 de março de 2017

Trincadeira, casta portuguesa com certeza!

A Trincadeira encontra-se espalhada um pouco por todo o país estando bem presente no Alentejo, Douro e Ribatejo. Conhecida como Tinta Amarela no Douro, encontramos diversos nomes como Trincadeira preta (Alentejo), Mortágua (Torres Vedras), Espadeiro (Setúbal) e Crato Preto (Algarve). Apesar da sua ampla difusão, é no Alentejo que a Trincadeira brilha sendo uma das castas mais prestigiadas para integração em lotes.

Como é a casta?
Uma das principais características da Trincadeira são os seus cachos preto-azulados. Com um bago uniforme, trata-se de uma casta difícil de cultivo pelo que necessita de um cuidado extremo. Bastante sensível a pragas e com produções irregulares, ambienta-se em climas quentes e secos como o Alentejo. Quando jovem a sua folha apresenta tonalidades amarelas, motivo pelo qual é chamada a Tinta amarela no Douro.

O que podemos esperar dos vinhos?
Geralmente encontramos esta casta em lote, não sendo utilizada para vinhos monocásticos. A Trincadeira proporciona vinhos fortes com aromas florais, vegetais e ricos em acidez. Com um bom nível alcoólico, os vinhos produzidos com a Trincadeira têm potencial de envelhecimento. Usualmente, no Alentejo, é casada com o Aragonez criando vinhos intensos em ameixa preta, frutos vermelhos, especiarias e bastante equilibrados. A Trincadeira é acrescentada aos lotes essencialmente para acrescentar notas florais e para suavizar os vinhos.

Portugal é um dos países do mundo com mais castas autóctones ímpares. A Trincadeira é uma das castas mais importantes do nosso Alentejo, tornando os tintos da região únicos. Estes harmonizam bem com pratos de carne, queijos, aves e toda a gastronomia rica Alentejana. Experimente esta casta com pratos apimentados e salgados.  

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