A Trincadeira encontra-se espalhada um pouco por todo o país estando
bem presente no Alentejo, Douro e Ribatejo. Conhecida como Tinta Amarela no
Douro, encontramos diversos nomes como Trincadeira preta (Alentejo), Mortágua (Torres
Vedras), Espadeiro (Setúbal) e Crato Preto (Algarve). Apesar da sua ampla
difusão, é no Alentejo que a Trincadeira brilha sendo uma das castas mais prestigiadas
para integração em lotes.
Como é a casta?
Uma das principais características
da Trincadeira são os seus cachos preto-azulados. Com um bago uniforme,
trata-se de uma casta difícil de cultivo pelo que necessita de um cuidado
extremo. Bastante sensível a pragas e com produções irregulares, ambienta-se em
climas quentes e secos como o Alentejo. Quando jovem a sua folha apresenta
tonalidades amarelas, motivo pelo qual é chamada a Tinta amarela no Douro.
O que podemos esperar
dos vinhos?
Geralmente encontramos
esta casta em lote, não sendo utilizada para vinhos monocásticos. A Trincadeira
proporciona vinhos fortes com aromas florais, vegetais e ricos em acidez. Com
um bom nível alcoólico, os vinhos produzidos com a Trincadeira têm potencial de
envelhecimento. Usualmente, no Alentejo, é casada com o Aragonez criando vinhos
intensos em ameixa preta, frutos vermelhos, especiarias e bastante
equilibrados. A Trincadeira é acrescentada aos lotes essencialmente para acrescentar
notas florais e para suavizar os vinhos.
Portugal é um dos países
do mundo com mais castas autóctones ímpares. A Trincadeira é uma das castas
mais importantes do nosso Alentejo, tornando os tintos da região únicos. Estes harmonizam
bem com pratos de carne, queijos, aves e toda a gastronomia rica Alentejana. Experimente
esta casta com pratos apimentados e salgados.
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