quarta-feira, 13 de junho de 2018

10 dicas para não falhar a harmonização!


Um dos temas mais controversos no mundo dos enófilos é a famosa harmonização. Enquanto uns acham que podem beber qualquer vinho com qualquer comida, outros escolhem o vinho criteriozamente.  Se encontrarmos o ponto de equilíbrio, veremos que não precisamos de um vinho específico para cada receita mas é importante encontrar um bom balanço entre o que comemos e bebemos. Uma boa harmonização poderá realçar o prato e favorecer o vinho. Quantas vezes já bebemos o mesmo vinho com pratos diferentes e desfrutámos de experiências distintas?

Nesse sentido, vamos enumerar as 10 regras básicas e gerais para criarmos a harmonização perfeita para qualquer prato:
  1. Para acompanhar pratos doces, o vinho escolhido deve ser mais doce. De outra forma o vinho irá parecer vazio e sem vida.
  2. Vinho ácido e doce para comidas salgadas. (Ex: Espumantes).
  3. Comidas com fruta devem ser harmonizadas com vinhos frutados.
  4. O vinho deve ter a mesma intensidade aromática que a comida. Comida leve com vinho leve e comida intensa com vinho intenso.
  5. Vinho tinto harmoniza melhor com carnes com sabores intensos. (Ex: Carne Vermelha)
  6. Vinho branco harmoniza melhor com carnes com sabores leves (Ex: Frango)
  7. Vinhos secos, tânicos e complexos são os melhores amigos dos pratos gordurosos.
  8. É melhor combinar o vinho com o molho ou com o tempero do que com a carne.
  9. Sabores picantes são intensificados com a percentagem de álcool. Para atenuar o picante, os vinhos doces são melhores.
  10. Vinhos com madeira dominam o palato e ocultam sabores. Devem ser harmonizados com comidas intensas.  
 A melhor forma de ter sucesso é sem dúvida analisar primeiramente os sabores que vamos encontrar no prato. Depois desse passo, começa a aventura de criar harmonizações fantásticas que irão nos trazer momentos inesquecíveis.

Se tens mais dicas, então partilha connosco!

Saúde!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Melhores tintos alentejanos até 10€!

Quantas vezes queremos comprar um vinho para beber ou oferecer e não sabemos qual? Nas lojas e nas garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

A pedido dos fãs do Alentejo, hoje fomos descobrir os melhores tintos alentejanos até 10€ segundo os seguidores do Vivino:




Da panóplia de vinhos apenas encontramos um monocasta, o Herdade do Rocim Touriga Nacional enquanto que os restantes representam  blends alentejanos.

Todos os vinhos rondam os 10€ e encontram-se com a mesma cotação no Vivino. Partilhem connosco as vossas opiniões sobre estes néctares.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Portugal torna-se o principal mercado do vinho do Porto pela primeira vez!

Portugal é pela primeira vez o principal mercado do vinho do Porto desde 1678 (primeira exportação registada). É certo que desde 2011, temos evidenciado um crescimento, mas em 2017 o volume de negócios em Portugal ultrapassa pela primeira vez o da França. Torna-se assim evidente que os portugueses estão a comprar mais vinho do Porto e isso também é empiricamente visto com o crescimento do interesse da geração mais nova.

O crescimento é também influenciado pelo crescimento exponencial do turismo na região demarcada do Douro e no Porto. Mais turistas a visitar resulta em mais provas e numa maior aquisição de garrafas. No ano passado as caves de vinho do Porto registaram 1,4 milhões de turistas (AEVP) e em média cada visitante gastou entre 10€ a 20€ por visita.





FONTE: Público
Para além do interesse crescente do consumidor português, é também registada um aumento da procura por vinhos do Porto mais caros e de elevada qualidade. O preço médio por litro vendido disparou. Enquanto que anteriormente o português procurava vinhos de gama de entrada, hoje é um consumidor interessado em Vintages, LBV’s, Reservas ou Colheitas especiais. As categorias Reserva, Idades e LBV ocupam o pódio, tendo o vintage perdido terreno no mercado.

A par do crescimento do consumo foi também evidenciado que o vinho do Porto tem tido uma queda na produção mas um aumento generalizado dos preços. O vinho do Porto está na moda em Portugal e espero que futuramente se valorize ainda mais este vinho fortificado tão importante para o país. 

Um brinde ao vinho do Porto!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Bon Jovi lança novo vinho rosé!

De vez em quando, surge uma notícia sobre uma celebridade que decidiu produzir vinhos. Atualmente, um famoso que se preze tem projetos paralelos e a produção de uma marca de vinho é cada vez mais comum. Ser um enófilo e produtor de vinho é sempre uma característica admirável. Se o fazem por amor ao vinho ou apenas como uma oportunidade de negócio, é difícil desvendar. A aposta em bons rótulos com os seus nomes é uma porta aberta para a entrada no mercado. 

Agora, foi a vez do vocalista dos Bon Jovi. Assumido fã de vinho rosé, lançou recentemente a sua própria marca de vinho em parceria com o seu filho Jesse. Esta aventura conta com a colaboração do reconhecido enólogo francês Gerard Bertrand e decidiram batizar o vinho de “Diving into Hampton Water”.  Segundo o músico, a inspiração surgiu numa viagem com o seu filho nos Hamptons,onde era habitual chamarem ao vinho rosé “Hampton water”. Após conhecer Gerard, Bon Jovi, decidiu que o enólogo e a costa da Provença (a capital do vinho rosé) seriam as decisões certas.

O vinho estará disponível para venda dia 23 de Fevereiro por 25$ e promete ser o sucesso deste verão. Esta notícia surpreende muitos fãs que não estavam à espera da combinação de rock com rosé francês!


Se o vinho será bom ou não, não sabemos. Mas certamente este vinho será adquirido por muitos fãs da banda e até por pessoas que não apreciam vinho. Uma estratégia de marketing fantástica. 

Qual será a próxima celebridade?

Malvasia fina - a elegância dos lotes!

Por 7000 ha de Portugal, encontramos a Malvasia fina, uma das castas brancas mais famosas da região do Douro. Também presente no Dão, Távora-Varosa, Beiras e Lisboa, nas regiões mais frias é bastante utilizada para a produção de espumantes. Apesar da sua representação em várias regiões do país é no Douro e Dão que ela mais brilha em blends. A Malvasia fina também se orgulha de pertencer ao clã do Vinho do Porto.


Como são os vinhos?

Tradicionalmente discretos, com pouca intensidade aromática, são bastante delicados, frescos com uma acidez moderada. Com notas aromáticas a mel, cera, noz moscada e a fumo mesmo sem influência da madeira. Em vinhos monovarietais, apresentam um bom equilíbrio entre a acidez e o álcool, sempre elegantes e perfumados. De cor geralmente citrina, evolui até amarelo palha após o envelhecimento. Frequentemente são vinhos que devem ser bebidos jovens dado que o potencial de envelhecimento da Malvasia fina é moderado, mas quando bem conseguido, gera vinhos muito equilibrados com uma elegância única.

Em lote, no Dão é geralmente unida com o Encruzado ou o Cerceal-branco, o que proporciona os famosos brancos frescos e elegantes do Dão. No Douro encontramos a Malvasia fina casada com Viosinho, Rabigado e Gouveio, em vinhos brancos com perfil aromático. Por fim, mas não menos importante, esta casta está presente nos famosos Vinhos do Porto brancos que têm crescido significativamente.


A sua evolução no território nacional tem sido pouco significativa, sendo atualmente uma casta de blends. Apesar da sua presença, por vezes discreta, a Malvasia tem contribuído para o reconhecimento dos brancos do Douro e do Dão.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Itália quer o vinho Amarone reconhecido como património mundial!

Da região de Vêneto, o vinho Amarone, completa 50 anos de história e é uma peça fundamental na tradição enóloga italiana. Estamos perante a região italiana que mais produz vinhos localizada no nordeste do país e tendo como capital a bela Verona. Com uma forma de produção específica, o Amarone é feito a partir de uvas maduras transformadas em uvas passas. Em 1990, viu reconhecida a sua Denominação de origem controlada e agora a Itália pretende que o mundo reconheça esta sua pérola como património mundial.

Como é o processo?

As uvas são cuidadosamente colhidas maduras nas primeiras semanas de Outubro. Posteriormente, passam pelo processo de appasimento ou rasinate, ou seja, são secadas ao sol. Desta forma, os açúcares e os aromas são concentrados gerando um carácter licoroso. Atualmente o processo de secagem  é mais moderno e em condições controladas. O período de secagem é de geralmente 120 dias mas pode variar por colheita e por produtor. Em Fevereiro, inicia-se a prensagem e a fermentação a baixa temperatura por mais 30 a 50 dias. Depois da fermentação, o vinho é envelhecido em barricas de carvalho durante pelo menos 25 meses.

Como é o vinho?
Região Vinícola de Veneto

Bastante alcoólico, encorpado, intenso e aromático, encontramos notas florais, frutas secas e aromas desenvolvidos com o envelhecimento como a canela, o couro, tabaco e noz moscada. Apesar de seco, sentimos uma sensação de doçura na boca. Dada a sua estrutura, deve ser acompanhado com pratos ricos e intensos.


O Amarone pode ser bebido jovem como pode repousar por 20 anos. Surge em destaque atualmente devido ao crescimento dos vinhos alcoólicos e encorpados no mercado. É um vinho dispendioso porque as uvas no processo de secagem perdem peso, e hoje podemos encontrar garrafas por 60€.  Se de facto o Amarone conseguir chegar a património mundial, os valores certamente irão disparar. 

Se já provou, partilhe connosco a sua experiência!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Melhores brancos durienses até 10€!

Quantas vezes queremos comprar um vinho para beber ou oferecer e não sabemos qual? Nas lojas e nas garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

A pedido dos fãs do Douro, hoje fomos analisar os melhores brancos durienses até 10€:






Podemos destacar nesta panóplia de vinhos o facto da sua maioria serem vinhos monovarietais o que mostra a importância deste tipo de vinho no mercado. Este padrão também está presente nas restantes regiões vinícolas portuguesas. 

Já degustou algum? Partilhe connosco as notas de prova!


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Top 10 dos países vinícolas em 2017!

Todos os anos sem exceção a WAWWJ (World Association of Writers and Journalists of Wines and Spirits) elabora vários rankings por países, vinícolas e vinhos com base em concursos internacionais. Em 2017, Portugal encontra-se no ranking dos melhores países em 6º lugar com 27 vinhos do ano e 28 concursos ganhos.

Fomos então analisar o TOP 10 dos países vinícolas em 2017:



Após alguns anos com os Estados Unidos em primeiro lugar, a França volta a ocupar a primeira posição em 2017. Com 9181 prémios alcançados e 26 concursos no currículo, o velho mundo volta assim a alcançar a posição de ouro. O vinho francês mais premiado foi o Champagne de Castelnau Blanc de Blancs Millésimé Brut 2003. 

A manter as suas posições ano após ano, a Espanha e a Itália têm estado consecutivamente em terceiro e quarto lugar. A Espanha destaca-se por ter tido 30 vinhos do ano! O produtor "González Byass" foi a vinícola espanhola mais premiada e viu um dos seus vinhos ser o melhor vinho espanhol. 

A competir pela 5ª posição têm estado Portugal e Austrália que ao longo dos últimos anos têm alternado a posição. Em 2017, Austrália recuperou o lugar que era português em 2016. Por coincidência são os países detentores das duas melhores vinícolas do ano. 

Em representação da América do Sul, o Chile e a Argentina não são uma surpresa. Os chilenos pelo segundo ano consecutivo ultrapassam os seus vizinhos Argentinos. 

Veremos o que o ano 2018 nos irá revelar!


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

"Bordeaux" sofre uma quebra de 40% por causa do gelo!

Cartografia dos danos da geada de 2017 das vinhas de Bordúes
Em 2017, uma geada devastadora fez a região “Bordeaux” sofrer uma quebra de 40% da sua produção face ao ano anterior. Muitos produtores foram obrigados a optar por não lançar nenhuma garrafa devido à quantidade pequena de uvas com qualidade. Enquanto que há quem não tenha sofrido muito com a geada, há quem tenha perdido 90% da sua produção! Segundo o “Conseil interprofessionnel du Vin” em Bordeaux, as vinhas mais afetadas foram as de “Saint-Émilion”. Há vários produtores que abdicaram de lançar vinhos como  o “Château Climens in Barsac”, que pela primeira vez, desde 1993, não irá lançar nenhum vinho nobre.
Outras regiões como a Alsace que produz essencialmente vinhos brancos, sofreram também com esta geada mas não com um impacto tão intenso como em Bordéus. O sul igualmente não escapou à força da natureza, com um verão intensamente seco. O ano 2017 já é considerado o pior ano para a França desde 1945!
Os preços vão subir?
Apesar do drama, os especialistas aconselharam os produtores a não subir os preços  devido à excelente qualidade do ano noutros países. Para além disso, 2015 e 2016 foram anos de excelência na França pelo que os consumidores não vão querer pagar mais por esta colheita de 2017.

Para os produtores nem tudo está perdido. Dado que os anos anteriores foram excelentes em qualidade, muitas vinícolas irão aproveitar o stock destes anos para marcar presença no mercado. 

Melhores tintos portugueses até 5€ no Vivino!

Quantas vezes queremos comprar um vinho para beber ou oferecer e não sabemos qual? Nas lojas e nas garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

Por vezes não queremos gastar muito € na compra de um vinho e procuramos as boas relações qualidade-preço. Para ajudar os nossos leitores, hoje fomos analisar os tintos portugueses até 5€ no mercado com melhor cotação entre os seguidores do Vivino:



´
Porta 6 Reserva
Com o seu rótulo moderno e uma imagem de marca bem trabalhada, o Porta 6 reserva tem crescido nos últimos anos no mercado. Da região de Lisboa, tem sido considerado umas das melhores relações qualidade-preço do país. Feito a partir de Syrah, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet e Touriga nacional, é um vinho complexo ideal para acompanhar pratos de carne, assados e massas.

Em representação do Douro, o Evel tinto já não é uma surpresa. Da famosa Real Companhia Velha, com vários concursos no currículo, é feito a partir das castas tradicionais do Douro com um estagio em madeira de 8 meses.  É sempre uma boa companhia para pratos de carne, queijos e massas. 


Deixamos as sugestões, das melhores opções para quem procura bom e barato.




quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Merlot - a segunda casta mais plantada no mundo!

A segunda casta tinta mais produzida no mundo, Merlot já não é propriedade exclusiva da região de Bordeaux na França. Espalhada pelo mundo vinícola, acredita-se que a Merlot começou a ser usada para produzir vinho em 1700’s e no século XIX em Itália. Graças à sua capacidade de se adaptar a diferentes climas, hoje encontramos esta casta bem presente nos países do novo mundo como a Argentina, Chile, Austrália e Estados Unidos. Em Portugal, podemos encontrar o Merlot nas regiões do Sul e Oeste do país. 

  
Como são os vinhos?
Na região de Bordéus, encontramos vinhos encorpados, frutados, ricos em cor e com acidez reduzida. Acompanhada por aromas elegantes e complexos, os mais estruturados são frequentemente estagiados em madeira. Merlot consegue conciliar o equilibro e a elegância com os seus aromas frutados e complexos. Dentro das notas mais comuns, a ameixa, o chocolate, morango, groselha são sempre um destaque. Quanto mais quente o clima mais frutado e menos tânico o vinho (perfil Novo Mundo) e quanto mais frio o clima mais estrutura e taninos terá (perfil Francês).
A grande característica desta casta, é a sua suavidade no paladar. Sempre com taninos bem domados, o Merlot é considerado um vinho ideal para iniciar uma degustação e um vinho fácil de beber. Em lote é acrescentada para atenuar a dureza de outras castas como o Cabernet Sauvignon e a Baga em Portugal.
Cabernet Sauvignon ou Merlot?
Usualmente confundidas, as castas partilham algumas características e, uma vez que são usadas juntas em lote, criam bastante confusão no meio dos iniciantes. A grande diferença está no facto da Merlot não ser tão intensa e ter taninos mais suaves que a Cabernet. Encontramos estas castas juntas no chamado lote bordalês, a Cabernet traz intensidade, capacidade de envelhecimento e as frutas pretas enquanto que o aveludado Merlot o equilíbrio e o frutos vermelhos.
Quando degustar?

Bastante versátil, o Merlot é ideal para acompanhar carnes como o frango, a vermelha, caça, massas, risottos, pratos vegetarianos e até entradas. Dada a sua suavidade, não é recomendável a harmonização com peixes e pratos muito intensos e apimentados que podem sobrepor a elegância do vinho e peixes também não são boa opção.

F

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Marsala - a pérola da Sicília

Um dos vinhos indispensáveis na culinária italiana é o Marsala. Produzido na região da Sicília, usa o nome da sua cidade de origem. O néctar foi oficialmente inventado pelo inglês John Woodhouse em 1773, apesar dos romanos já fazerem algo semelhante, e hoje tem uma denominação de origem controlada (DOC).
Estamos perante um vinho fortificado que já era bastante famoso entre os romanos nobres, mas só na influencia dos ingleses começou a ser explorado. O vinho era envelhecido em madeira, muito semelhante ao vinho do Porto, e inicialmente resultava de uma mistura entre vinhos novos e velhos. Após o desenvolvimento e a melhoria da produção tornou-se um vinho de alta qualidade.

O que é afinal o Marsala?

Como é comum nos vinhos fortificados, na fermentação sofre uma adição de aguardente vínica e é vendido com no mínimo 18% de álcool. Habitualmente é produzido pelas castas: Grillo, Catarrati, Pignatello, Garganela, Calabrese, Damaschino, Nerello e Inzolia. Bastante variável, podemos encontrar Marsala em diferentes tonalidades: Oro (ouro), Ambra (Âmber) e Rubino (Rubi). A doçura também varia desde o seco (<40g/l), semi seco e doce (>100gr/l). No caso dos vinhos mais doces, muitas vezes sofre uma adição de concentrado de uva. Por fim, este vinho também é classificado conforme o seu envelhecimento:

  • Fine (Fina) – Envelhecimento inferior a um ano.
  • Superiore – Envelhecimento de pelo menos dois anos.
  • Superiore Riserva – Envelhecimento de pelo menos quatro anos.
  • Vergine e/o Soleras – Envelhecimento de pelo menos cinco anos.
  • Vergiene e/o Soleras Stravecchio e/o Risierva Soleras – Envelhecimento de pelo menos dez anos.

 Quando degustar?

O Marsala é geralmente bebido como vinho de aperitivo ou de sobremesa e, muitas vezes, é harmonizado com queijos como o Parmesão e o Roquefort. Tornou-se um elemento muito importante em sobremesas italianas assim como em risottos.

Apreciado durante muito tempo pelos nobres na Europa, o Marsala apresenta sabores intensos a damasco, baunilha, maçã, frutos secos, mel, noz, fumo, e açúcar mascavado. Quanto menos doçura quiser sentir, diminua a temperatura do serviço. A titulo de curiosidade, o Marsala é chamado do “vinho da amizade” para a partilha das alegrias e das tristezas.  

Saúde!


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Os melhores brancos portugueses no Vivino!

Quantas vezes queremos comprar um vinho e não sabemos qual? Nas lojas e garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

Hoje fomos analisar os brancos portugueses no mercado com melhor cotação entre os seguidores do Vivino:




Sem nenhuma surpresa, encontramos vinhos reconhecidos como os melhores do nosso país. Como podemos ver a região do Douro, mais uma vez, domina os TOP's nacionais.

Dos melhores cotados, encontramos o duriense Mirabilis da Quinta Nova feito a partir de vinhas muito velhas que representa a grande região do Douro. Este vinho tem um processo de vinificação exigente e estagia em barricas de carvalho francês e húngaro, a baixa temperatura. Bastante versátil, é recomendado para acompanhar queijos, comida asiática, carne branca, porco e vitela. 

A hastear a bandeira do Alentejo o grande Pêra Manca branco da Cartuxa, feito a partir de uma seleção de Arinto e Antão Vaz, sofre um estágio rigoroso de um ano sobre borras finas com batonnage periódica. Um branco que representa bem o potencial dos vinhos alentejanos a par da sua versão tinta. 

Encontramos ainda na lista o Coche branco da Nieport, bem cotado ao longo de várias safras, e o Vinhas da Princesa da Quinta Maria Izabel. Curiosamente, ambos são elaborados a partir de vinhas muito velhas do Douro. Este padrão comum mostra o valor indubitável das vinhas velhas que continuam a provar a sua competência na criação de grandes vinhos. 

Deixamos assim as sugestões dos amantes do vinho. 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Curiosidades sobre a Austrália!

Considerado um dos sucessos vinícolas do novo mundo dos vinhos, a Austrália tem visto os seus vinhos a conquistar os mercados e os concursos mundiais. Com um crescimento exponencial na década de 80 e 90, o mercado britânico foi o primeiro a render-se aos encantos do vinho australiano sendo seguido pelos Estados Unidos. Após a adoção das castas estrangeiras, a Austrália tem aperfeiçoado a sua produção vinícola, sendo um exemplo de vanguarda no uso de tecnologia moderna.

Vamos analisar algumas curiosidades sobre a Austrália:

  1. Em 2017 ficou em 5º lugar no ranking mundial dos países da WAWWJ (com base nas pontuações dos concursos mundiais).
  2. Existem 60 regiões vinícolas com 160 000 hectares ao todo. A maioria da regiões encontram-se no sul nas zonas mais frias.
  3. É o 4º maior exportador do mundo com 750 milhões de litro por ano para o mercado externo. Apenas 40% da produção fica no país.
  4. Das castas tintas plantadas destacam-se: Syrah (40%), Cabernet Sauvignon (27%), Merlot (10%), Pinot Noir, Grenache e Mourvedre.
  5. Das castas brancas plantadas destacam-se: Chardonnay (43%), Sémillon, Sauvignon Blanc e Riesling.
  6. O vinho mais famoso e com mais sucesso é o Penfolds Grange, lançado há mais de 60 anos, hoje é vendido a preços muito elevados.
  7. Podemos encontrar mais de 800 vinícolas mas as 4 principais companhias produzem cerca de 80% da produção do país: BRM Hardy, Mildara-Blass, Orlando e Sourthcorp Wines.
  8. As primeiras vinhas foram plantadas em 1788 quando ainda era uma colónia britânica. Dois séculos depois torna-se uma potência no mundo vinícola.
  9. Os vinhos australianos são admirados pela consistência dado que existe uma grande uniformidade das safras.
  10. Em 1996, a Australian Wine Foundation criou um projedo denominado “Strategy 2025” onde aponta metas e desejos para 2025. Entre os objetivos esrão um valor de vendas anual de 4,5 bilhões de dólares.

É fã do vinho australiano? Partilhe connosco a sua opinião. 

Quer saber mais sobre a Tasmânia? Clique aqui.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O papel da acidez no vinho!

Quando degustamos um vinho, por vezes encontramos vinhos ou muito ácidos ou chatos sem frescura e leveza. Estamos a falar de vinhos desequilibrados, cuja a acidez não casa na perfeição com os taninos e o álcool (a estrutura do vinho).
A acidez é o elemento responsável pela frescura, alma e a vida do vinho. O tipo de uva, clima e vinificação é que determinam o nível de acidez. Quanto mais madura a uva, menos ácido o vinho tenderá a ser e mais doce será. O ponto de equilíbrio entre os dois é que determinará o sucesso do vinho. No geral, quanto mais frio o clima, maior a propensão de uma maior acidez e uma menor doçura. No casos dos brancos, a casta tem um peso relevante. Os micro-climas e as escolhas do enólogo serão determinantes.
Qual a vantagem de um vinho com boa acidez?
Uma boa acidez torna o vinho fresco, vivo e com carácter. A harmonização é favorecida pois a acidez permite a salivação, abrindo o apetite e preparando a boca para a degustação. Os tintos, são refrescantes e perfeitos para acompanhar pratos gordurosos e ainda cortam a sensação salgada de alguns pratos. Os brancos no verão, refrescam os dias de calor. Quando experimentamos vários tipos de pratos, o vinho deve ter uma boa acidez para limpar o paladar.
E se a acidez for fraca?
Um vinho pouco ácido é chato, sem vida, pobre e desinteressante. Para além disso, a falta de acidez, muitas vezes, torna o vinho doce e incapaz de fazer boas harmonizações. O potencial de envelhecimento é aniquilado, estragando rapidamente o vinho.


Como detetar a acidez?
Os cantos laterais da boca são responsáveis pela percepção da acidez. A quantidade de saliva irá nos mostrar também o nível de acidez. Quanto mais intensa a salivação, maior a acidez do vinho, isto porque esta tem como função limpar o palato. Em Portugal, as castas brancas mais ácidas são: Sercial da Madeira, Arinto, Avesso (Vinho Verde) e Rabigato (Douro). Nas tintas encontramos: Baga (Bairrada), Vinhão (Vinho Verde) e Trincadeira.


Em geral, o consumidor menos exigente prefere vinhos mais doces e menos ácidos, o mais exigente tolera melhor a acidez. Mas como tudo na vida o equilibro é o melhor!

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

TOP 3 dos tintos portugueses até 15€ no Vivino!

Quantas vezes queremos comprar um vinho e não sabemos qual? Nas lojas e garrafeiras, encontramos tantas opções que não sabemos por onde começar.

Actualmente encontramos aplicações como o Vivino, com mais de 19 milhões de utilizadores e 10 milhões de vinhos com milhares de classificações e opiniões. Apesar de ainda haver resistências, a verdade é que uma ferramenta útil para evitar comprar um mau vinho. 

Hoje, fomos analisar o Top 3 dos tintos portugueses (por safra) até 15€ com melhor cotação:




Encontramos neste top, vinhos que não nos surpreendem dada a sua boa fama no mercado!
Duas Quintas Tinto 2016

A realçar-se das safras anteriores, o Duas Quintas 2016 da famosa casa Ramos Pinto dispara nas opiniões com 4,4 de pontuação e é o vinho mais acessível da lista. Será que esta safra irá manter a tendência? 

Em representação do Alentejo, está o Cartuxa que tem mantido a cotação elevada das safras anteriores. A partir das castas Aragonez, Alicante Bouschet, Alfrocheiro e Trincadeira, estagia 1 ano em barricas e é considerado uma das melhores pérolas da região. 

Talvez o menos popular, o Quinta do Romeu Reserva surge na lista para reforçar a qualidade do Douro. Considerado um vinho elegante, feito a partir maioritariamente de Touriga Nacional, sofre um estágio de 1 ano em barrica que lhe concede complexidade. 

O que acha destes vinhos? Ficam assim as sugestões!




segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Enofobia - quando o vinho causa medo!

Se achamos que há coisas impossíveis, estamos completamente errados. Recentemente descobri a existência de algo chamado “Enofobia”, ou seja, o medo persistente e anormal a vinhos. Medo de vinhos?! Sim, leu bem, há pessoas para tudo. Caracterizada por uma ansiedade anormal, os individuos sofrem momentos de nervosimo extremo, náuseas e incapacidade de articular.. Também chamada e oenofobia, muitas vezes é confundidada com dipsofobia, isto é, o medo de beber bebidas alcoólicas.

 Há várias variantes a esta fobia: há quem tenha receio do processo de escolha de um vinho em ambiente social, há quem tenha medo de sofrer uma intoxicação. No entanto, resume-se a fatores irracionais e impulsivos.

As causas, como qualquer fobia, estão associadas muitas vezes a momentos traumáticos sofridos pelos individuos ou a razões intrinsecas à pessoa.

Parece algo de outro mundo, mas a verdade é que existe quem sofra deste mal. Se houvesse medo a maus vinhos, compreendia-se. Para nós enófilos, a única coisa que nos traumatiza é sem dúvida, um mau vinho, um mau serviço ou uma má harmonização. 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Os melhores rosés portugueses até 10€ no Vivino!

Amado por muitos, desvalorizado por outros, o vinho rosé está cada vez mais na moda! Com as suas cores ricas desde o pêssego até à groselha, os vinhos rosés têm a delicadeza dos brancos mas com aromas vivos do vinho tinto. Caracterizados pela sua leveza e teor alcoólico baixo, os vinhos rosés foram inicialmente vinhos ligeiros, adocicados e gaseificados. Hoje encontramos um perfil de Rosé diferente sendo atualmente vinhos mais complexos, secos e com elevada qualidade tornando-se assim vinhos de mesa e não apenas para aperitivos e esplanada. 

Hoje fomos consultar os melhores Rosés portugueses até 10€ segundo os membros do Vivino:


- Feito a partir de castelão, o Malaca Rosé é o vinho com melhor cotação que tem se destaco no mercado com uma excelente relação qualidade-preço. Com várias notas de fruta e uma elegante frescura, representa o potencial da região do Algarve.

- Da região dos vinhos verdes, encontramos o Conde de Villar como o verde rosé com melhor cotação, construído a partir de Espadeiro e da famosa Touriga Nacional. 

- Em representação do Douro, o Redoma Rosé da Nieport espelha bem a qualidade da região, sendo um blend de várias castas do Douro, mostra-se um vinho vibrante com potencial de envelhecimento e um volume notável. 

Já provou algum? Deixamos as sugestões.