A segunda casta tinta mais
produzida no mundo, Merlot já não é propriedade exclusiva da região de Bordeaux na
França. Espalhada pelo mundo vinícola, acredita-se que a Merlot começou a ser usada para produzir vinho em 1700’s e no século XIX em Itália. Graças à sua capacidade de se
adaptar a diferentes climas, hoje encontramos esta casta bem presente nos
países do novo mundo como a Argentina, Chile, Austrália e Estados Unidos. Em Portugal, podemos encontrar o Merlot nas regiões do Sul e Oeste do país.
Na região de Bordéus,
encontramos vinhos encorpados, frutados, ricos em cor e com acidez reduzida.
Acompanhada por aromas elegantes e complexos, os mais estruturados são frequentemente
estagiados em madeira. Merlot consegue conciliar o equilibro e a elegância com os
seus aromas frutados e complexos. Dentro das notas mais comuns, a ameixa, o
chocolate, morango, groselha são sempre um destaque. Quanto mais quente o clima
mais frutado e menos tânico o vinho (perfil Novo Mundo) e quanto mais frio o
clima mais estrutura e taninos terá (perfil Francês).
A grande característica
desta casta, é a sua suavidade no paladar. Sempre com taninos bem domados, o
Merlot é considerado um vinho ideal para iniciar uma degustação e um vinho fácil de beber. Em lote é acrescentada para atenuar a dureza
de outras castas como o Cabernet Sauvignon e a Baga em Portugal.
Cabernet Sauvignon
ou Merlot?
Usualmente
confundidas, as castas partilham algumas características e, uma vez que são
usadas juntas em lote, criam bastante confusão no meio dos iniciantes. A grande
diferença está no facto da Merlot não ser tão intensa e ter taninos mais suaves
que a Cabernet. Encontramos estas castas juntas no chamado lote bordalês, a
Cabernet traz intensidade, capacidade de envelhecimento e as frutas pretas
enquanto que o aveludado Merlot o equilíbrio e o frutos vermelhos.
Quando degustar?
Bastante versátil, o
Merlot é ideal para acompanhar carnes como o frango, a vermelha, caça, massas,
risottos, pratos vegetarianos e até entradas. Dada a sua suavidade, não é
recomendável a harmonização com peixes e pratos muito intensos e apimentados que
podem sobrepor a elegância do vinho e peixes também não são boa opção.
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