
Vejamos os
prós:
A madeira
mais utilizada é o Carvalho, quer o Francês quer o Americano, que contribui
para a criação de aromas mais complexos e diferenciados. A partir de vinhos com
estrutura, a madeira permite arredondar os taninos, anular o caracter vegetal e
atingir a plenitude da maturação. Em geral a madeira possibilita o surgimento
de aromas mais distintivos como especiarias, café, baunilha, chocolate, mel
etc.. Os vinhos tornam-se assim mais volumosos e complexos gerando os grandes
vinhos de guarda. Esta arte, quando bem empregue, cria grandes maravilhas!
Vejamos os
contras:
Na entrada de
novos países no mundo dos vinhos, a tentativa de imitação do vinho europeu
proporcionou que os novos produtores adotassem intensamente o estágio em
madeira. Recentemente, muitos produtores chegaram à conclusão que os vinhos
tornavam-se demasiado amadeirados e complexos e começaram a criar vinhos mais frescos e menos
amadeirados. Hoje já é tendência a aposta em vinhos frutados, jovens e “fáceis de
beber”, havendo assim uma maior panóplia de opções. A verdade é que nem todos
os vinhos podem ser estagiados em madeira. Os mais leves não suportam o impacto
da mesma. É crucial para um enólogo equilibrar a madeira com a fruta o que nem
sempre é conseguido. Há vinhos que a intensidade da madeira é tanta que não
conseguimos encontrar vinho no copo. Daí muitos consumidores procurarem vinhos
mais jovens. Hoje a maioria das grandes vinícolas produzem vinhos com ou sem
estágio de forma a alargar o mercado. Há ainda quem opte pelo estágio em garrafa em alternativa.
A enologia
como qualquer ciência vai mostrando recuos e avanços. Se os vinhos estagiados em
madeira têm abrilhantado o mundo com aromas únicos e texturas aveludadas, os
sem estágio têm mostrado leveza, frescura e a verdadeira fruta. Cada um terá o
seu lugar e gostos não se discutem.
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