“Vinho verde ou maduro?”, é uma das frases que
mais ouço por aí. Constantemente, deparo-me com pessoas a falar de vinho verde
como se fosse um tipo de vinho. Mesmo dentro do setor da restauração há uma grande
confusão do conceito. A verdade é que vinho verde é uma região demarcada como o
Douro ou como o Alentejo e é feito com uvas maduras!
O
vinho verde é uma região vinícola no noroeste de Portugal, com clima ameno,
fresco e chuvoso que permite criar vinhos excecionais com elevado nível de
acidez, juventude, leveza e notas florais. Não existe mundialmente mais nenhuma
região igual. Famosa pelos seus grandes brancos e espumantes, apresenta teores alcoólicos
reduzidos e muita frescura sendo um vinho fácil de beber ideal para acompanhar pratos leves ou aperitivos.
Mas
afinal como nasceu o nome vinho verde? Há várias teorias:
-
Há quem aponte que o nome surgiu devido à dificuldade de maturação das uvas,
graças ao clima ameno e fresco da região. As uvas mostravam um carácter verde
distinto das uvas brancas de outras regiões.
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O nome também pode ter sido atribuído devido às características dos vinhos
brancos que apresentam tons esverdeados e são frescos e jovens. A acidez elevada destes vinhos potenciada pelo tipo de solo, também faz crer que o vinho é feito a partir de uvas verdes.
Atualmente
a região tem evoluído na tecnologia e produzido castas de grande qualidade que
atingem a maturação ideal. Apesar de haver algum preconceito, a verdade é que a
região tem apresentado vinhos de grande complexidade aromática fugindo da
perceção errada de serem vinhos leves e doces. As exportações deste produto têm crescido exponencialmente, sendo assim um vinho muitas vezes mais valorizado internacionalmente do que em Portugal.
Para quem aprecia vinhos mais complexos, sugiro a degustação de vinhos feitos a partir de Alvarinho!
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